Escola Estadual

Escola Estadual "Profª Natércia Crêmm de Moraes Pedro "

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Itapecerica da Serra - SP

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COTAS UNIVERSITÁRIAS

 

A lei que defende a reserva de cotas universitárias para afro-descendentes e índios vem dando o que falar na mídia e, por isso, estou aqui para expor também a minha opinião a respeito.

 

Para quem não sabe, essa lei garante uma porcentagem das vagas nas universidades públicas para negros, índios e pessoas de baixa renda. O projeto já foi aprovado em alguns estados e a lei já entrou em vigor em 38 universidades federais e estaduais do país.

 

Como tem mostrado os meios que veiculam as notícias, esse tema divide opiniões em pessoas de todos os segmentos, desde os menos informados até os mais graduados na área da educação. Os mais otimistas alegram-se com a possibilidade da unificação social e racial da população, já que todos terão facilidade no acesso às universidades.

 

Por outro lado, nós, os realistas, que enxergamos o problema de uma forma mais abrangente e a longo prazo, vimos que isso é uma forma de preconceito escancarada. Aprovar um tipo de lei como essa é, ao meu ver, taxar os “beneficiados” como inferiores e incapazes de entrar na faculdade por méritos próprios; é rotular negros e pobres como aleijados intelectuais.

 

Isto sem contar que o nível das universidades públicas, que hoje não é dos melhores, cairá ainda mais. O jornal nacional mostrou recentemente que um grupo de pessoas, entre eles políticos e pessoas envolvidas em entidades sociais, fizeram um abaixo-assinado para que a lei fosse aprovada em todos os estados.

 

Eles alegam que pesquisas mostraram que nas universidades em que já se aplica a reserva de cotas, os alunos contemplados com as vagas apresentaram rendimento igual ou superior aos demais alunos, mantendo-se assim o nível de ensino da universidade. - Caros leitores, como é que um aluno que apresenta ótimo rendimento universitário não teve condições de concorrer a uma vaga no vestibular com seu próprio colega de classe? - Esta é uma pergunta que nos leva à reflexão e a pensar na possibilidade dos resultados dessa pesquisa terem sido “maquiados”.

 

Acredito que a melhor solução seria um investimento intensificado na educação básica pública, em todos os níveis, para que todos – brancos e negros, pobres e ricos – pudessem competir de igual para igual às oportunidades pela vida oferecidas, seja uma vaga em universidade pública ou um cargo de chefia em uma multinacional.

 

Por Dalila Estábel.